Editora Cultura em Movimento lança livro de Karl Kleine |
A Editora Cultura em Movimento da Fundação Cultural de Blumenau lança segunda-feira, 12, o livro Vivências e Narrativas de um blumenauense, que mostra a história de Karl Kleine, um jovem vigoroso que com muito entusiasmo participou de momentos importantes da vida da cidade. O lançamento está marcado para às 19 horas, na Casa Alemã, que fica na rua Bom Retiro, número 1. Segundo a diretora de Patrimônio Histórico-Museológico da Fundação, Sueli Petry, a publicação de "Erlebnisse und Schilderungen eines Blumenauers" - Vivências e Narrativas de um blumenauense, de autoria de Karl Kleine, é um ato de valoração da narrativa. No âmago dessa edição, para entender o seu significado é preciso que o leitor se atenha a particularidades que a compõem e dão significado às relações sociais inseridas nos diversos textos que constituem a obra. A ideia foi concebida no Arquivo Histórico José Ferreira da Silva, responsável pela publicação da revista Blumenau em Cadernos, núcleo da edição dos primeiros textos traduzidos das memórias de Karl Kleine. Com a aquiescência da família Kleine, a tradutora e presidente do conselho editorial da revista, Annemarie Fouquet Schünke, dispôs-se à tradução de todo o livro transcrito por Theo Kleine a partir dos manuscritos do autor em alemão. O projeto teve a parceria da Associação dos Amigos do Arquivo de Blumenau e o aporte financeiro do Cônsul Honorário da Alemanha na cidade, Hans Dieter Didjurgeit. Theodor Kleine, pai de Karl, foi tataravô de Hans Dieter Didjurgeit por parte de mãe. A natureza rica e exuberante da Colônia Blumenau, bem como as relações entre as pessoas da comunidade são narradas de forma que cada capítulo transporte o leitor no tempo e o faça vivenciar profundamente cada momento narrado como se lá estivesse. As observações relatadas de forma detalhada e clara nos mostram como foram os primeiros anos da colonização: no tocante à convivência com os índios, com a mata virgem, com os animais, além do lento desenvolvimento das famílias na luta diária pela sobrevivência, não dispondo dos recursos e ferramentas apropriadas para enfrentar a mata e trabalhar a terra. Os colonizadores tinham grande capacidade de resistir e persistir, buscando sempre soluções para vencer todas as dificuldades que se colocaram diante de suas vidas. Karl Kleine, assim como os demais imigrantes, teve uma participação ativa no desenvolvimento da região. Formou uma grande família e seus descendentes se estenderam através de muitas famílias hoje presentes na sociedade blumenauense. Registro importante também é que na época já se observava uma adaptação à língua alemã de palavras em português e que até hoje se observa, configurando, pode-se dizer, um "dialeto" da região com as palavras "cano" (canoa, pequeno barco feito de troncos), "scharacke" (cobra jararaca) e muitas outras. Fonte: Assessoria de Comunicação da Fundação Cultural de Blumenau/ Marilí Martendal |
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