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Ricardo Machado e André Voigt lançam o livro “Desterritorializações do Vale” na FURB Imprimir E-mail

capaNo dia 10 de abril, às 19 horas, acontece na Biblioteca da Universidade Regional de Blumenau o lançamento do livro "Desterritorializações do Vale", organizado pelos historiadores Ricardo Machado e André Voigt, e editado pela Liquidificador. A obra traz textos de seis autores, discutindo o conceito de identidade regional, bem como os aspectos históricos, culturais, sociais e políticos relacionados à edificação deste conceito nas cidades do Vale do Itajaí.

Historiadores lançam livro discutindo conceito de “identidade regional” no Vale do Itajaí

capaNo dia 10 de abril, acontece na Biblioteca da Universidade Regional de Blumenau o lançamento do livro "Desterritorializações do Vale", organizado pelos historiadores Ricardo Machado e André Voigt, e editado pela Liquidificador.
A obra traz textos de seis autores, discutindo o conceito de identidade regional, bem como os aspectos históricos, culturais, sociais e políticos relacionados à edificação deste conceito nas cidades do Vale do Itajaí.
“Como um desafio colocado para a publicação deste livro, pretendemos trazer elementos para desterritorializar a ideia de região. Este desafio não deve ser tomado de maneira meramente impulsiva, mas como a aplicação de uma prática. A desterritorialização, cara aos estudos de Gilles Deleuze e de Félix Guattari, é um projeto de encontrar linhas de fuga para os processos de subjetivação fechados sobre si mesmos. As subjetividades criadas sob a égide da ‘identidade cultural’ são formas de manter indefinidamente as pessoas sob referências padronizadas, resistentes ao tempo da mudança e, sobretudo, às possibilidades de singularização”, comentam os organizadores do livro.
Além de textos de Machado e Voigt, o livro, que foi viabilizado pelo Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau, conta com artigos dos também historiadores Arnaldo Haas Junior, Darlan Jevaer Schmitt, Keuly Dariana Badel e Roberto Caresia.
O lançamento de “Desterritorializações do Vale” será marcado por uma palestra reunindo alguns dos autores, no auditório da Biblioteca Central da Furb (Campus I), às 19h. Na sequência, acontecerá uma sessão de autógrafos no salão Angelim da Biblioteca, simultaneamente à abertura da exposição "Prêt-à-porter" da artista visual Daiana Schvartz.

Artigos apresentam diferentes recortes e aspectos para discutir concepções de cultura e identidade

“É sobre a concepção de cultura - enquanto construção política derivada da associação entre resgate e tradição - e a sua relação com a afirmação do regional que tratam os artigos do livro. Com abordagens teórico-metodológicas distintas, os artigos encontram sua unidade ao tomar a noção de região como uma construção discursiva, de modo que os autores materializam um esforço em problematizar essas definições, estabelecendo seus limites e sua historicidade própria”, explicam os organizadores.
Na apresentação do livro, Machado e Voigt introduzem o leitor aos textos que compõem a obra:

“O teuto-brasileiro: a produção de um ressentimento”, de André Voigt.

O texto traz à tona a ideia de ressentimento como elemento presente na invenção do conceito de teuto-brasileiro.  Para o autor – após a análise de estudos acadêmicos como os de Emílio Willems e de Maria Rita Kehl – é justamente o ressentimento que mantém a constante vitimização e produz um modelo de subjetividade condicionado a sua imobilidade frente ao tempo.
 
“Memória e Arquivo no caso dos ossos de Blumenau”, de Ricardo Machado.

O artigo analisa como a construção de um mausoléu em homenagem a um colonizador proeminente foi o pressuposto para dar visibilidade a um longo debate na imprensa a respeito da história de Blumenau. Justamente no princípio de um profundo investimento na história e produção de uma cidade marcada pela identidade, foi possível encontrar o dissenso nas interpretações a respeito do passado.

“Os Discursos Comemorativos, as Representações do Turismo e os Contrastes Socioculturais em Blumenau (1990-2000)”, de Roberto Caresia.

Aborda essas relações entre passado e presente, bem como suas implicações nas mudanças urbanísticas e subjetivas na cidade de Blumenau. Caresia faz uso da imprensa como fonte preferencial, mas, nesse caso, o autor se atém fundamentalmente aos cadernos comemorativos, os quais se difundiram durante as datas das efemérides locais.

“Regere Fines: subsídios para uma ideia de Alto Vale” , de Arnaldo Haas Junior.

Historicizar e problematizar a invenção da região do Alto Vale do rio Itajaí-Açu é o objetivo de Haas Junior em seu artigo. Nele, o autor encontra unidade entre as políticas de instituições agremiativas dos municípios e a historiografia não acadêmica.

“A escrita de si e do outro: região e estereótipos na obra de Alexander Lenard”, de Keuly Dariana Badel.

O artigo retoma a biografia e a obra de Lenard para demonstrar a construção e apropriação de estereótipos que darão sentido à identidade da região para o intelectual de origem austríaca.

“Revista Blumenau em Cadernos e José Ferreira da Silva: artes para escrever uma história regional”, de Darlan Jevaer Schmitt.

É na relação entre a historiografia regional e as redes de sociabilidade dos intelectuais que se insere o artigo. Nesse caso, o autor associa a criação e manutenção da revista Blumenau em Cadernos com as possibilidades de inserção do historiador José Ferreira da Silva como principal referência para a historiografia da região durante décadas.

 
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