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Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil terão seus arquivos digitalizados Imprimir E-mail

O Google – a maior empresa de mídia do mundo – lançou ontem o Google Archives, ferramenta que cria um banco de notícias históricas a partir da digitalização de microfilmes dos arquivos dos principais jornais do mundo. A idéia é que os usuários do portal possam acessar notícias como a chegada do homem à Lua na própria fonte, ou seja, visitando as notícias na íntegra a partir do que os jornais publicaram na época.

Assim, o Google busca organizar conteúdo inédito e gratuito sobre fatos históricos e acontecimentos marcantes e transferir esse conhecimento para uma plataforma digital, de fácil manejo.

De acordo como Tori Loverme, responsável por parcerias estratégicas do Google, o novo produto faz parte da missão da empresa, que busca organizar toda a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e utilizável.

– Por muitas décadas as pessoas consideraram jornais como fontes de informação de credibilidade. No entanto, em muitos casos, esse patrimônio informacional permanece no universo dos microfilmes – disse.

– Este é um importante passo para tornar conhecida uma série de jornais e notícias históricos tal como foram primeiro impressos, contendo imagens originais, manchetes e até anúncios.

Durante o desenvolvimento do projeto Google Archives, uma equipe da empresa percorreu vários países negociando parceria com empresas de mídia, considerando critérios como tradição e credibilidade. Os principais jornais do mundo, como o New York Times e o Washington Post, já aderiram ao projeto.

No Brasil, o Jornal do Brasil e a Gazeta Mercantil foram as primeiras publicações a assinar o acordo de parceria. Nos próximos meses, todo o conteúdo histórico dessas publicações serão transferidos para os domínios digitais do Google por uma plataforma on-line. Usuários de todo o mundo poderão desfrutar de mais de um século de informação. Usuários poderão ler a cobertura da Copa de 1950 diretamente das páginas digitalizadas do JB ou pesquisar sobre a crise do petróleo a partir do que foi integralmente publicado na Gazeta Mercantil, por exemplo.

Nelson Tanure, presidente do Conselho de Administração do Grupo CBM, que reúne o JB e a Gazeta Mercantil, está otimista com o projeto.

Este é um dos muitos passos para transformar a CBM numa verdadeira empresa de mídia do século 21 - avalia.

De acordo com Marcos Troyjo, vice-presidente de Conteúdo e Novas Mídias do Grupo CBM e diretor-geral do JB, também responsável por articular a parceria com o Google, a iniciativa é um ativo importante para pessoas que pesquisam, buscam conhecimento e informações diariamente, no Brasil e no mundo.

– Visualizamos esta oportunidade de oferecer os 117 anos de informação do JB e 88 da Gazeta Mercantil a todos os leitores de língua portuguesa.

Este acordo dá o tom de modernidade e multimídia que marca o Grupo o CBM.

A transferência gratuita dos conteúdos dos jornais históricos e dos microfilmes para o ambiente digital será gradual. O desenvolvimento do Google Archives também: a ferramenta ganhará opções e outros mecanismos de busca à medida que os usuários a forem utilizando.

Punit Soni, um dos gerentes da Google responsável pelo lançamento do produto, destaca que o esforço apenas no início.

– Conforme agregamos novas publicações, movimentamo-nos cada vez mais em direção ao nosso objetivo de tornar bilhões de páginas impressas de jornais em todo o mundo capazes de serem pesquisadas e acessíveis online.

 
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