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Avaliação Físico-Química e Sensorial de Lactuca sativa L. Armazenada em Condições Isotérmicas de Refrigeração
Fernanda Raquel Wust Schmitz

Última alteração: 2018-02-06

Resumo


A alface (Lactuca sativa L.) é uma hortaliça folhosa e suas folhas podem ser encontradas lisas ou crespas e a coloração varia de verde claro, verde escuro a roxo. É uma hortaliça utilizada como alimento e mundialmente conhecida e muito presente na alimentação das pessoas. Possui vitaminas, minerais e grande conteúdo de água e é muito encontrada “in natura” e minimamente processada, para facilitar o preparo deste alimento pelo consumidor. Devido a este processamento, as folhas de alface ficam susceptíveis a rápida deterioração, sendo necessário o uso da refrigeração e de embalagens que favoreçam o prolongamento da vida de prateleira desta hortaliça. Desta forma, objetivou-se estudar a vida de prateleira de alface crespa hidropônica quanto aos parâmetros físico-químicos e sensoriais, a fim de determinar a melhor condição de temperatura de armazenamento para garantir a qualidade desta hortaliça por mais tempo. Este estudo teve como escopo avaliar a estabilidade físico-química e sensorial de folhas de alface crespa hidropônica, durante 14 dias, armazenadas a temperaturas de refrigeração de 2 °C, 6 °C e 10 °C (+/- 1 °C), acondicionadas em embalagem de poliestireno expandido (isopor) envolta com filme de policloreto de vinila (PVC). Através das análises físico-químicas de perda de massa e clorofila total e das análises sensoriais de alteração de cor, escurecimento de bordas e escurecimento da nervura central, foi realizada a comparação das médias pelo teste de Tukey a 5% de significância estatística, a fim de avaliar qual a melhor condição de armazenamento ao final do período experimental. A perda de massa, que consiste na diminuição da umidade das amostras, teve diminuição linear nas três condições isotérmicas estudadas, enquanto o conteúdo de clorofila total teve oscilações, devido a possível formação de feofitina durante o tempo de armazenamento refrigerado. Quanto aos parâmetros sensoriais, para alteração de cor, escurecimento de bordas e escurecimento da nervura central não houve rejeição ao longo dos 14 dias para as condições de 2 °C, 6 °C e 10 °C. De acordo com o teste de Tukey, ao longo dos 14 dias de armazenamento refrigerado, as temperaturas amenas favoreceram a manutenção dos aspectos físico-químicos das folhas de alface, assim como também auxiliaram a manter os aspectos sensoriais de cor na folha, nas bordas e na nervura central, sem provocar o escurecimento advindo da ação de reações enzimáticas. Assim, após estudar a vida de prateleira de amostras de alface em embalagens de isopor com PVC sob refrigeração isotérmica, concluiu-se que temperaturas amenas favorecem a manutenção da massa e do conteúdo de clorofila total, bem como dos aspectos sensoriais desta hortaliça.


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