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Modelos Volumétricos Estatisticamente Robustos para o Manejo de Remanescentes Secundários na Floresta Pluvial do Sul do Brasil
Última alteração: 2018-02-06
Resumo
O domínio Mata Atlântica é a tipologia florestal mais antropizada do país, embora seus remanescentes encontram-se em processo de sucessão ecológica. Assim, diversas espécies pioneiras e secundárias apresentam grande abundância. Ações de manejo florestal em florestas secundárias podem aliar-se à conservação, entretanto, informações técnicas que as suportam são insuficientes. Baseados nesse contexto, nossos objetivos neste estudo foram: (i) ajustar, selecionar e validar modelos genéricos e específicos para volume do fuste e volume total a partir de dados de 288 árvores e de procedimentos de validação-cruzada; (ii) comparar o desempenho dos modelos genéricos e específicos para estimar o volume de árvores das espécies Miconia cinnamomifolia (DC) Naudin. e Hieronyma alchorneoides Allemão; (iii) investigar diferentes relações dendrométricas em modelos volumétricos usando variáveis preditoras distintas; (iv) fornecer fatores de casca médios genéricos e específicos. A área de estudo compreende aproximadamente 42 ha localizados em Guaramirim, Santa Catarina (lat. 26°32’01”; long. 49°02’30”) pertencente a Floresta Subtropical Pluvial. O local de estudo possui uma floresta secundária com aproximadamente 35 anos, sem intervenções nos últimos 30 anos, resultante da sucessão após o abandono da pastagem e parcialmente enriquecida com espécies florestais. O procedimento de modelagem consistiu no ajuste de 10 modelos utilizando um subconjunto selecionado aleatoriamente de 70% (n = 202) do conjunto de dados do total (n = 288). O subconjunto restante (n = 86) foi utilizado para avaliar o desempenho do modelo e posteriormente a seleção e validação. Após o ajuste dos modelos, a incerteza associada à estimação dos parâmetros de regressão foi avaliada através do percentual de erro padrão relativo (PRSE), do viés, do coeficiente de determinação ajustado (R²), o erro quadrático médio da raiz (RMSE), do erro de porcentagem absoluta média (MAPE) e do critério de informação de Akaike corrigido (AICc). A escala original da variável resposta foi utilizada em todas as métricas. O software R foi utilizado para modelagem e demais análises estatísticas. Os modelos utilizando diâmetro à altura do peito (DAP) e altura do fuste ou total (H) apresentaram melhor desempenho do que modelos utilizando somente DAP. Não obstante, modelos que empregam somente DAP são válidos diante das dificuldades e incertezas nas medições de H. Modelos específicos apresentaram melhor desempenho para a espécie M. cinnamomifolia, embora os eventuais esforços empenhados na coleta de dados para a construção de modelos específicos podem não ser justificados pelo sutil aumento no desempenho do modelo. A colinearidade entre variáveis preditoras pode causar o aumento do erro padrão associado à estimativa de dado parâmetro de regressão, tornando o modelo inválido. Os fatores médios de casca podem ser empregados para a obtenção de estimativas de volume médio sem casca.
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