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Relações entre escola e família de um estudante Público Alvo da Educação Especial - PAEE
Perla Torrens

Última alteração: 2018-02-06

Resumo


A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, bem como outras legislações estaduais e municipais, define as diretrizes para a escolarização de estudantes Público-Alvo da Educação Especial- PAEE sem, entretanto, estabelecer meios para a constituição das relações entre a instituição escolar e familiar. Embora a entrada desse público na escola regular, desde a década de 1990, tenha fomentado a construção de novas relações entre escola e família, restam dúvidas sobre o alinhamento das mesmas. Para aprofundar tal reflexão, esta pesquisa teve como objetivo compreender como ocorrem as interações entre escola e família de um estudante PAEE em uma escola da rede municipal de Blumenau. A pesquisa está vinculada ao Núcleo de Estudos Interdisciplinar da Criança e do Adolescente – NEICA, na linha Educação, Cultura e Dinâmicas Sociais, do Programa de Pós Graduação em Educação da FURB. Realizou-se um Estudo de Caso, de abordagem interacionista, em uma Escola Municipal de Blumenau a partir dos seguintes instrumentos de geração de dados: entrevista semi-estruturada com cinco professores da escola e um familiar, observação do cotidiano escolar e análise documental. Os dados foram analisados mediante análise de conteúdo e organizados em categorias. Os resultados parciais mostram que, para o estabelecimento de relações entre escola e família, são criadas estratégias de relacionamento como a manutenção de relações cordiais em que cada sujeito, só apresenta ao outro ações e reações que poderão beneficiar a ambos nas relações no espaço escolar; quanto aos professores, destaca-se a demanda por inter-relações com os pais; e, no que se refere a família, também apresenta-se a necessidade de inter-relação com os professores, contudo, espera-se que esta inter-relação ocorra a partir da iniciativa dos professores em saber mais sobre os filhos PAEE no espaço escolar. Finalizando, pode-se concluir que há um ponto comum entre as duas instituições, em que tanto escola, quanto família percebem e expressam a necessidade de maior interação entre ambos no espaço escolar, contudo, esta relação não ocorre da forma que os mesmos consideram ideal. Há um “espaço” nesta relação, que não permite aproximação suficiente ou um afastamento total entre as duas instituições, suscitando uma relação que se estabelece no limiar das interações e que se constrói no cotidiano.

 

Palavras-chave: Escola; Família; Público Alvo da Educação Especial; Relações.

 


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