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Concreto Permeável Dosado por Três Diferentes Métodos
Bruna Carls, Ivone Gohr Pinheiro

Última alteração: 2018-02-06

Resumo


As grandes concentrações populacionais nos centros urbanos é um dos fatores responsáveis pelas áreas impermeáveis, que por sua vez, influenciam o ciclo hidrológico e tornam necessária a adoção de medidas mitigadoras na ocorrência de precipitações que possam causar inundações. A utilização do concreto permeável é uma tecnologia usada no revestimento do pavimento permeável que atua como um retardador do tempo de pico de cheias através da infiltração da água do escoamento superficial. O concreto permeável é composto por cimento Portland, água, aditivos (opcional), agregados graúdos e pouco ou nenhum agregado miúdo, de modo que se produzam vazios permeáveis à água em sua estrutura. O objetivo deste trabalho é determinar qual dentre três métodos de dosagem selecionados produz concreto permeável com desempenho mecânico e hidráulico adequado perante a utilização de insumos disponíveis no Brasil. Os três métodos de dosagem utilizados foram pesquisados na literatura, e são do American Concrete Institute (2010), de Zheng, Chen e Wang (2012) e de Nguyen et al. (2014).  Para todos os métodos foram realizados os mesmos ensaios, iniciando-se com a caracterização dos agregados miúdos e graúdos para obter as informações referentes ao traço de cada método, executando-se o concreto permeável conforme cada método, tomando-se o cuidado de repetir o processo exatamente da mesma forma e controlando o tempo de mistura do concreto na betoneira por 7 minutos. Antes da moldagem dos corpos de prova foi realizado o slump test, que variou entre 14 e 16 cm. Durante a moldagem, determinou-se a massa específica do concreto permeável no estado fresco, cujos valores ficaram entre 1718 e 1883 kg/m³ para as placas; entre 1821,66 e 2038,22 kg/m³ para os cilindros. Após 24 dias os corpos de prova cilíndricos foram utilizados para realizar o ensaio de condutividade hidráulica, na sequência foram capeados para aos 28 dias de cura serem rompidos e apresentaram valores de resistência à compressão compreendidos entre 10 e 23 MPa. Nas placas foi executado o ensaio para obter o coeficiente de permeabilidade, cujos resultados ficaram entre 11 e 24 mm/s. O método que apresentou o melhor equilíbrio entre a resistência à compressão e o coeficiente de permeabilidade foi o de Nguyen et al. (2014), uma vez que as exigências previstas na norma brasileira foram atendidas. Os métodos do American Concrete Institute (2010) e de Zheng, Chen e Wang (2012) atenderam apenas o exigido quanto ao coeficiente de permeabilidade, mas não aos quesitos referentes à resistência à compressão.


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