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A crescente necessidade por energia e combustíveis ao nível mundial, estimulou pesquisas direcionadas ao aproveitamento de matérias primas renováveis como a biomassa lignocelulósica, disponível em abundância na forma de resíduos agroindustriais. Atualmente, a maior parte dos combustíveis e da energia são gerados a partir de fontes fósseis, o que resulta em problemas relacionados ao meio ambiente como liberação de grandes quantidades de gases que influenciam no efeito estufa e na poluição. A conversão das biomassas lignocelulósicas em combustíveis e produtos químicos de valor agregado apresenta inúmeros desafios em virtude da sua complexidade química e estrutural. Pré-tratamento e hidrólise enzimática são etapas chaves na conversão destes materiais. A eficiência destas etapas depende de diversos parâmetros e pode ser melhorada com o uso de tecnologias verdes como o ultrassom. O uso de irradiação ultrassônica na hidrólise enzimática tem-se mostrado promissor, porém a complexidade, não-linearidade e difícil reprodutibilidade desta tecnologia exige estudos mais aprofundados. O presente trabalho teve como objetivos avaliar os efeitos sonoquímicos de um banho de ultrassom com as frequências de 35 kHz e 130 kHz sobre a atividade enzimática do complexo celulásico Cellic CTec II e avaliar a hidrólise de materiais celulósicos. Também foi avaliado o efeito sonoquímico no banho de ultrassom através da formação de iodo com a reação de Weissler e o efeito do ultrassom sobre a estrutura da enzima EG III de Trichderma reesei. Com a reação de Wessler observou-se que a intensidade do ultrassom muda conforme há uma mudança na posição em que se encontra a solução no banho. Assim foi possível mapear os pontos de intensidade no banho de ultrassom. A hidrólise enzimática de papel de filtro a 50 ºC durante 60 minutos realizada no mesmo banho de ultrassom mostrou, porém, pouca diferença entre as diferentes posições.