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METODOLOGIA DO ENSINO DAS ARTES VISUAIS NO PARFOR: UMA EXPERIÊNCIA EM MOVIMENTO
Janaina de Sousa Aragão

Última alteração: 2014-07-09

Resumo


Esse artigo é um relato de experiência que tem como cenário gerador e inspirador de tais reflexões as aulas ministradas na disciplina de Metodologia das Artes Visuais no PARFOR, na turmas de Brusque e Blumenau, respectivamente em 2012/2 e 2014/1. A disciplina foi trabalhada sobre uma perspectiva do movimento, do diálogo, das experiências, tendo como objetivos: refletir sobre essa experiência didática e as relações que emergem no processo artístico e educativo; perceber através das dinâmicas as potencialidades do seu corpo, da sua voz, da sua criatividade; encontrar na Arte Educação um caminho lúdico e produtivo para a Educação Básica. A proposta metodológica adotada foi de uma observação direta, permanente e sistemática, (SEVERINO, 2007), e também uma observação/ participante, pois, sendo pesquisadora, estou também no processo pesquisado; e uma pesquisa etnográfica, (CLIFFORD, 1998), pois minha voz se faz presente nessa pesquisa. Ao fazer a seleção dos conteúdos a serem trabalhados na disciplina, procuro dialogar com as Linguagens Artísticas e perceber pontos de encontro, pontos de contato, possibilidades de movimento, sem perder a essência e as concepções teóricas que cercam cada linguagem. O diálogo entre Artes Visuais, Artes Cênicas e Corpo mostra um caminho rico em descobertas de si próprio, como sujeito e como profissional, percebendo as potencialidades do seu corpo, da sua voz, da sua inventividade, pois ao vivenciar atividades a premissa que o corpo é histórico e que traz lembranças, guarda memórias, boas ou ruins, vem à tona e experiências acontecem. Um dos teóricos- chave dessa pesquisa é Walter Benjamin (1994), especialmente seu conceito de “experiência”. A experiência que você vive e propõe, o que leva dela e o que deixa em quem vivencia. Quando você promove espaços para a criação coletiva, você escuta com clareza a voz do outro, e percebe convergências e divergências com as suas ideias, com a sua prática pedagógica, com a sua fala, com as suas escolhas. Cada um faz suas escolhas metodológicas e eu enquanto professora formadora escolho o movimento, o diálogo, a troca de olhares, a troca de experiências, escolho fruir arte. Como resultados dessa experiência em movimento temos alunos motivados, que levam para a sala de aula diferentes possibilidades de ensinar e aprender, e alunos que se percebam como produtores, autores, agentes e artistas das artes.


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