Clubes de Ciências podem se tornar espaços privilegiados para a produção de conhecimento e o desenvolvimento da alfabetização científica quando desafiam seus integrantes ao diálogo, a reflexão e ao compartilhamento de experiências e decisões. Neste contexto, podem incentivar os estudantes (clubistas) a se posicionarem como parte do meio natural e social, transformando os encontros em algo prazeroso, prático e levando-os participantes a se encantarem com o conhecimento. O presente trabalho relata a experiência vivenciada junto ao Projeto Clube de Ciências Aventureiros do Conhecimento da EBM¹ Prof. João Joaquim Fronza em Blumenau/SC, desenvolvido pelos alunos do 6º ao 9º ano, por um Professor de Ciências e bolsistas do Programa PIBID/FURB. Este projeto tem por objetivo propiciar aos clubistas experimentarem o fazer científico de forma significativa, estimulando a troca e construção coletiva do conhecimento e possibilitar a formação de um olhar histórico-crítico sobre a ciência. Para tanto se optou pela inserção de mídias como forma de divulgação das atividades e vivências dos estudantes. O principal objetivo desta atividade foi oportunizar aos clubistas espaços para aprender a utilizar, elaborar e manter coletivamente mídias para a divulgação das atividades realizadas pelo clube. Desta forma, criou-se o blog do Clube de Ciências Aventureiros do Conhecimento (http://jjfronza.blogspot.com.br), uma revista sobre aranhas (um dos temas de pesquisa escolhido pelos clubistas) e o jornal do clube nos quais todos os participantes do Clube de Ciências participaram da construção. Através do uso de mídias no Clube, observou-se que os estudantes passaram a expressar suas opiniões com maior complexidade e riqueza de detalhes. Esta forma de abordagem e de divulgação das atividades do Clube de Ciências também incentivou o desenvolvimento de atitudes de cooperação, autonomia e de leitura crítica do mundo. Para os bolsistas do Pibid a experiência cria a possibilidade de refletirem sobre processos educativos no ensino de Ciências com uso de tecnologias de comunicação aplicadas em um contexto de educação libertadora para a formação de autonomia e construção coletiva do conhecimento, se apresentando não só como possibilidade ou novidade, mas como uma realidade pedagógica transformadora.