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A ESCRITA NO ENSINO DE CÊNCIAS: O QUE REVELA A PRODUÇAO CIENTÍFICA NACIONAL
Bianca Müller, Daniela Tomio

Última alteração: 2014-07-14

Resumo


Um estado da arte da produção acadêmica no Brasil sobre a escrita em aulas de ciências é o tema da pesquisa, em fase de desenvolvimento, que tem como objetivo caracterizar quais são as compreensões e as práticas de pesquisadores brasileiros de Educação Científica que têm sido mediadoras do desenvolvimento de conhecimentos científicos sobre as relações entre a escrita e aprender Ciências. Para tal, elaborou-se um inventário dos artigos científicos publicados em 13 periódicos da área de ensino de Ciências e anais das nove edições do ENPEC, no período de 1996 a 2013. Já foram identificados os trabalhos que estão em fase de análise a partir dos seguintes critérios: Ter como palavras-chave: escrita, escrever, escrevendo, redação; Investigar a elaboração da escrita de um gênero textual no ensino de ciências na escola ou universidade (diário, portfólio, jornal, weblog, relatórios, dentre outros); Abordar o estudo de alfabetização científica, letramento, linguagem, discurso, argumentação ou comunicação com referência e ênfase à escrita em suas discussões; Focar a formação de autores ou de autoria com a escrita como objeto de estudo. Os dados coletados estão sendo organizados de acordo com: distribuição cronológica e geográfica, a circulação intra e intercoletiva de ideias e práticas, níveis de ensino e sujeitos priorizados nas pesquisas, modalidades de pesquisa, gêneros discursivos priorizados e áreas de conhecimento do currículo. Para interpretação, o aporte teórico empregado é da Análise do Discurso da linha francesa, especialmente as obras das autoras do cenário brasileiro Orlandi e que dialogam com o ensino de Ciências, como Almeida, Cassiani e Tomio.  Essa análise da produção acadêmica se faz relevante, uma vez que as publicações são um meio de criar e recriar o que os coletivos de investigadores pensam e, com isso, podem contribuir para aqueles que buscam na leitura cotejar as ideias dos autores com as suas próprias,enriquecerem-se com eles e encontrar novos enfoques de pesquisa. Além do coletivo de pesquisadores, esta análise pode ser de utilidade para professores e formadores de professores que desejam conhecer acerca da investigação em ensino de ciências, suas tendências e conhecimentos desenvolvidos sobre a realidade escolar. Da sua interlocução com os pesquisadores pode-se ampliar o debate dos resultados das pesquisas e as suas relações com a prática docente, potencializando perspectivas para o funcionamento da escrita em aulas de ciências, pelo ensino e pela pesquisa.


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